QUADRINHOS

OFICIAL! Ciclope revela Protocolos de Ressurreição para humanos e eles exigem igualdade

Na tentativa de contornar a narrativa, Ciclope revelou os Protocolos de Ressurreição para os humanos e eles passaram a exigir igualdade.


DINASTIA X & POTÊNCIAS DE X selaram o firmamento do que é toda a construção dessa nova Era de Krakoa. E além de revelarem — novamente — o quão bom líder de mutantes Ciclope é comparado a Professor X e Magneto, a minissérie de antemão revelou os Protocolos de Ressurreição, um dos segredos de estado da nação mutante.

E como todo segredo, uma hora ou outra, vaza. Mutantes retornando à vida indica um aumento populacional daquela espécie, algo que mais tarde os sensores governamentais e privados conseguiram detectar.

Mutantes que antes eram dados como mortos, voltando a aparecer sem nenhuma explicação. Tais questionamentos chegam aos ouvidos humanos, que acabam questionando o que estaria acontecendo em Krakoa. Até mesmo civis humanos ouviam rumores sobre os Protocolos.

Não só os Vingadores tentavam entender o que estava acontecendo, mas a própria ORCHIS buscava informações para descobrir quais eram os segredos da mutandade. Porém, um humano em específico estava quase chegando a essa resposta; O jornalista e escritor do Clarim Diário, Ben Urich.

Ben chegou a traçar diversos paralelos que indicavam que os mutantes estavam enganando a morte. Ele não sabia como, mas sabia que dia após dia a população mutante crescia cada vez mais. E ele chegou até isso sabendo do retorno da Casa do Encarnado, o ateliê de Jumbo Encarnado.


Jumbo Encarnado foi uma das vítimas do preconceito mutante e foi assassinado por humanos. Ben Urich foi um dos poucos jornalistas que se importou em publicar uma nota sobre o estilista, chegando até mesmo a ver seu corpo falecido. E ao saber que ele havia voltado a vida, ficou curioso para entender como.

E em dado momento nas histórias, ele tentou uma abordagem mais direta com os X-Men, exclusivamente com o líder deles, Ciclope, tentando extrair informações. No entanto, Sincro, que estava conectado à telepatia de Jean Grey, percebeu que Ben estava para lançar um artigo que anunciava a imortalidade dos mutantes. Pensando estar fazendo a coisa certa, censurou as memórias do jornalista e roubou seu diário de anotações.

Ao mesmo tempo, a ORCHIS estava chegando a essa informação também. A morte do Ciclope em X-MEN #6 (2021) foi uma alternativa criada por eles para forçarem o líder dos X-Men a ser ressuscitado.

Afinal, eles já sabiam que Scott havia morrido durante a missão suicida à base da ORCHIS no Sol, mas de “alguma forma” ele voltou à vida. E eles pretendiam revelar ao mundo como os mutantes são “perversos em não compartilhar tal maravilha”.


Ciclope com receio da ORCHIS contornar a narrativa da Ressurreição de Mutantes como algo errado e vil — e tornar mais difícil ainda a aproximação entre humanos e mutantes —, decidiu contar para Ben Urich sobre os Protocolos, dessa vez ao lado do Sincro, e revelar a ele o que aconteceu.

Sincro até mesmo diz que poderia devolver as memórias de volta, ainda em sincronia com Jean Grey, mas Urich garante que gostaria de manter preservada a sensação da revelação da notícia naquele momento, que foi chocante para ele.

E assim, no dia seguinte, sem a aprovação do Conselho Silencioso, dos krakoanos e de qualquer outro mutante além dos membros dos X-Men, Ciclope assume a narrativa e revela aos humanos — usando o Clarim Diário como comunicação — sobre os Protocolos de Ressurreição.

O texto publicado por Ben Urich é totalmente pró-mutante. Ele parabeniza os mutantes por terem feito tal descoberta e agradece a eles por serem os heróis do novo amanhã. Inclusive os batiza de X-MEN IMORTAIS, título nome da HQ sobre o Conselho Silencioso.


No entanto, como Ben Urich havia avisado, a perspectiva dos humanos deveria ser levada em conta. E nem todos ficariam contentes em saber que os mutantes conquistaram a morte e não dividiram com eles.

Esse dilema sobre os mutantes compartilharem os Protocolos de Ressurreição com os humanos começou a bombardear as HQs. Muitas críticas, questionamentos e até mesmo absurdos foram ditos.

Não muito tempo atrás, falamos aqui sobre a mãe do Homem de Gelo descarregar o luto pela morte de seu marido no filho mutante, ao acusar que Bobby mesmo tendo a tecnologia para desfazer a morte, ainda “queria” que o pai permanecesse morto.

“Você e sua gente parece que sempre encontram alguma forma de enganar a morte de alguma forma. Mas isso não é para nós, né?”

Tivemos também cenas onde Jean Grey sentiu sentimentos de ciúmes que estava vindo de uma mãe que perdeu sua filha, questionando quantas vezes os mutantes teriam voltado à vida em compensação de sua filha, que ainda permanecia morta.


Ou quando Emma Frost foi pressionada por líderes de estado, que queriam igualdade perante aos mutantes exigindo que eles fossem ressuscitados também, para continuar a garantir a união entre seus países com os mutantes. Ou quando foi atacada na noite do Baile de Gala por uma viúva que perdeu o esposo.

Os humanos se embriagaram com a ideia dos mutantes ressuscitarem e eles não. Em IMORTAL X-MEN #4, Professor X relata o caso de um humano em estado terminal que injetou em si um hormônio de crescimento mutante na tentativa de se tornar um, e logo depois se matou, achando que se tornaria um e de que seria eleito como mutante para ser ressuscitado. Obviamente, não deu certo.


Obviamente, pelas circunstâncias de como foi, a ação do Ciclope deixou o Conselho Silencioso agitado. Até mesmo alguns mutantes de Krakoa se sentiram traídos e revoltados pelo que Scott fez, como foi o caso do Forge e Emma Frost.

Vale lembrar que tanto os Protocolos de Ressurreição quanto a Sala de Espera são exclusivos para mutantes. Mesmo que Sinistro consiga replicar o DNA de algum humano, a mente não seria recuperada, pois o Cérebro foi configurado para armazenar a psique mutante.

Já a Sala de Espera, criada pela união dos poderes da Feiticeira Escarlate, Proteus e Legião, foi um circuito mutante projetado para conectar o plano dos vivos e o dos mortos as almas de mutantes, e unificá-las ao banco de dados do Cérebro. Então só pode usufruir desse “pós-vida mutante” as almas de quem é mutante. Mesmo mutantes que não chegaram a se descobrir mutantes, poderiam ser ressuscitados.

Por esse mesmo motivo que Magneto lamentou em X-MEN RED #3, pois ainda que os mutantes tenham alcançado tantos meios de vencer a morte, sua filha Anya, uma não-mutante, não poderia ser ressuscitada, pois ele não tinha Gene X para ser alcançada pela Sala de Espera.

Recentemente tivemos a revelação de um possível novo meio de pós-vida dos mutantes, um local de descanso das almas, que estaria sendo protegido pelo mutante ômega Mister M, mas ainda é cedo para discutir as possibilidades.

“Com isso, o Siege Perilous, pode-se fazer e desfazer nossas próprias almas.”

De todo modo, a discussão sobre humanos voltarem ou não usando os Protocolos de Ressurreição permeiará nas HQs ao longo de todo o crossover sobre o DIA DO JULGAMENTO, entre as HQs dos X-Men, dos Vingadores e Eternos. Então até lá, saberemos se Ciclope estava certo… ou não.

E outra, se os mutantes vão querer compartilhar seus dons, ainda é um mistério. Ainda assim, já parafraseando o Exodus: “mutantes deveriam ser responsáveis pela estupidez da mutandade?” Fica a reflexão.



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