QUADRINHOS

JEAN GREY: Louise Simonson fala sobre Fênix ser uma criação da mutante

Jean Grey está no centro das atenções. Depois da sua suposta morte no Hellfire Gala deste ano, a telepata ômega está em algum lugar entre a vida e a morte refletindo sobre como poderia ter usado seu poder e conhecimento no passado para evitar o presente trágico dos mutantes.

A primeira das quatro edições da sua minissérie solo ficou entre os quadrinhos mais vendidos pelo site da Amazon em agosto. A responsável pela história é Louise Simonson, um nome bastante conhecido entre os fãs de longa data. A veterana, que assina o roteiro da minissérie, foi editora do núcleo dos mutantes na Marvel durante a época da publicação da icônica Saga da Fênix, e também uma das escritoras da X-Factor original, nos anos 80.


Simonson falou sobre o processo criativo e respondeu uma série de perguntas feitas pelos fãs durante uma entrevista para o AiptComics, nesta semana.

Ela revelou que teve uma série de ideias para a revista, mas algumas já tinham sido feitas por outras pessoas ao longo das décadas. Uma das que mais gostou envolvia trabalhar a sombra de Jean, mas não sabia como encaixar no momento atual, até que soube sobre o que aconteceria no Hellfire Gala e o início da Queda dos X.

“Eu não conseguia encaixar nenhuma das minhas ideias em uma história que soasse atrativa para mim, até que descobri o Hellfire Gala e que Jean estaria morta mais uma vez, juntamente com outros mutantes. Sarah [Brunstad, editora] imaginou que minha ideia de uma “Jean sombria” poderia se encaixar com a narrativa da Queda dos X, e finalmente tudo começou a se conectar. E se Jean, morta, no além, começasse a pensar que foi sua culpa todos morrerem? O quão longe ela iria para salvar todo mundo?”

jean grey fenix x-men
Primeira edição mostra Jean mudando a mente de inimigos

Uma das promessas da minissérie é fazer uma história definitivamente (será?) sobre a relação entre Jean e Fênix. Respondendo um fã que perguntou se ela encara a Fênix como um lado da Jean, assim como era no conceito original, ela respondeu:

“Eu acredito que Jean é poderosa o bastante para ter criado a Fênix, nós apenas começamos a explorar suas imensas habilidades. Então, a questão é: ela criou uma entidade separada de si mesma, com seus próprios objetivos? Ou quando a Fênix entra em contato com outros personagens é ela manifestado sua vontade, telepaticamente, pelo Universo Marvel? Eu não sei. Só o tempo dirá.”


Na X-Factor, dos anos 80, a vidente Sina disse que era incapaz de prever o futuro de Jean Grey, porque ela é cheia de possibilidades, e a descreveu como um “nexus das probabilidades”, alegando que as decisões da mutante tinham bastante efeito sobre o futuro. Sobre isso, a escritora comentou:

“Jean é, absolutamente, um “nexus das probabilidades”. Ela é muito importante, e muito do futuro está nas suas decisões. Eu acredito que, de certa forma, essa minissérie é sobre isso.”

Por fim, Simonson comentou que seu maior desafio na revista foi mostrar a complexidade e as nuances de Jean Grey:

“Jean é muito complexa. Ela é gentil e amorosa, decidida a fazer a coisa certa… mas como Fênix, ela destruiu um mundo. Ela é arrogante, de certa forma. E ainda assim, questiona sua escolhas. Ela tem um forte código moral… e tem que tomar decisões difíceis. Ela é muito inteligente, mas é basicamente uma criatura emocional. Ela é impulsiva, age de acordo com seu coração. E para uma personagem forte como ela, mesmo as emoções positivas podem se tornar negativas.”


E aí, caro mutante, como você acha que ficará a situação Jean e Fênix? Conta pra gente nos comentários!