Imortalidade dos mutantes INCOMODA outra Deusa da Morte
Durante a X-FACTOR, a Deusa da Morte, Morrigan, antecipadamente lançou um feitiço amaldiçoado nos mutantes após notar a imortalidade deles.
No início da Era de Krakoa, durante a belíssima DINASTIA X e POTÊNCIAS DE X, os mutantes dominaram a habilidade de ressuscitar os mortos através da sinergia do poder dos Cinco, usando os Protocolos de Ressurreição.
⊗ SUPERANDO A MORTE
Dessa forma, a mutandade desenvolveu um novo status quo de imortalidade, sobressaindo sob a existência da vida e abalando profundamente o Reino dos Mortos.
Mas não só os mutantes, os Hulk’s através do Reino Infernal do Lugar de Baixo — comandado pelo One Below All — conquistaram também a imortalidade, podendo atravessar as Portas Verdes: portais de regeneração para a eternidade, onde todas as criaturas de gamma vivem — explicado em IMORTAL HULK.
No entanto, conforme as aventuras da Valquíria Jane Foster nos mostraram, essas duas situações estavam matando a Morte — a Entidade —, já que essas duas distintas espécies começaram a desbalancear o destino dos mortos e dos vivos.
A Morte estava morrendo de câncer graças aos Protocolos de Ressurreição e as Portas Verdes, como revelado em VALQUÍRIA: JANE FOSTER, mas felizmente conseguiram reverter a situação da Entidade e a mesma voltou ao seu estado original.
Porém, outra Deusa da Morte se viu tentada pelo novo status quo dos mutantes, e desejando poder através da imortalidade deles, ela decidiu também atacar a mutandade.
⊗ A DEUSA DA MORTE E DAS GUERRAS
Morrigan, segundo a mitologia irlandesa (céltica), é a Deusa da Morte, da Guerra e das Batalhas. Sua habilidade consiste em adquirir não só poder dos seus fiéis, mas também dos sacrifícios que são feitos em seu nome.
Ela se transforma sob a alcunha dos corvos, usando de habilidades sonoras e psíquicas para iludir suas vítimas. Também pode reverter a morte, curar, lançar feitiços, conceder ou retirar poderes. Banshee, Siryn ou Grande Rainha são alguns dos seus nomes, sendo ela uma deusa de aspecto tríplice.
A primeira aparição da Morrigan aconteceu na X-FACTOR de Peter David, entre as edições #238 e #245, onde temos Siryn — a filha do Banshee — sendo confrontada pela deusa que quase a mata, apenas por a alcunha “Banshee” ser associada a ela — se sentido diretamente atacada por terem usado seu nome em vão.
Mais tarde, Theresa é salva por um demônio, que a alerta de uma terrível catástrofe que acontecerá na Terra pelas mãos da Polaris. Onde ela perderia o controle de seus poderes a ponto de desativar os campos magnéticos da Terra, fazendo-a destruir tudo.
Theresa apela para Morrigan, que diz só poder ajudar Polaris se ela tiver crença na deusa ou se Siryn tomar seu lugar como a nova Morrigan. E assim, Siryn se torna a deusa imortal que salva Madrox, Polaris, a equipe da X-Factor e impede o cataclisma nas edições finais da HQ.
Mas isso foi em 2013, desde então nenhuma menção a ela havia sido levantada. Mas ao que nos é revelado, a Morrigan ficou extremamente incomodada ao saber que os mutantes conquistaram um poder superior ao dela.
⊗ MAIS PODER EM SEU NOME
Sendo assim, na primeira noite em Krakoa, Morrigan lança um feitiço fúnebre de maldição sobre toda a mutandade, onde cada mutante morto seria um cultivo de poder para ela — revelado em X-FACTOR #9, da Leah Williams.
Além disso, Morrigan exige outro pacto com a Theresa, onde a mesma seria a responsável por levar a morte no nome delas. Se a morte não fosse efetuada, mil mortes de diferentes mil formas seriam efetuadas.
Theresa então temendo não só as ameaças de Morrigan, como o caos que ela pode gerar a Polaris e aos mutantes, decide aceitar o pacto. Ela então passa a morrer uma vez por semana em nome da Deusa da Morte.
Mas suas mortes não passam despercebidas e isso chama a atenção da X-Factor, onde a cada semana as mortes da Theresa passaram a ser acidentes regulares demais para causar de fato uma morte. Uma investigação então é aberta para entender o que estava fazendo Siryn morrer continuamente, e foi descoberto que ela mesma se matava para não matar alguém.
⊗ A REVELAÇÃO DE MORRIGAN
Antes que a X-Factor pudesse planejar algo para enfrentar a Deusa da Morte, ela mesma mata quase todos os membros do time, e sacrifica os irmãos Estrela Polar e Aurora em um ritual de fortalecimento próprio.
Morrigan então toma o controle sobre toda a base de planejamento da X-Factor, o Cemitério, e começa o processo de o transformar em seu mais novo palácio infernal.
Atuando em cima dos planos do Estrela Polar, Polaris e Prestigia (Rachel) desenvolvem uma sinergia de ataques mentais e físicos simultaneamente, a fim de desvendar alguma forma de derrotar a Morrigan.
Dentro da mente da Deusa da Morte, Rachel percebe que Morrigan já estava em Krakoa muito antes dos Protocolos de Ressurreição serem de fato oficializados, usando uma sinergia completa com os poderes dos membros da X-Factor, eles descobrem a maldição graças as habilidades do Ocular em detectar magia.
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Vasculhando um pouco mais descobrem que existe um feitiço de reversão, para quebrar todo o contrato e desfazer a maldição sob os mutantes. O feitiço envolve a existência de um paradoxo impossível, que é diretamente associado ao Shatterstar e ao seu passado conturbado — sendo descoberto pelo Prodígio.
⊗ SHATTERSTAR E A DEUSA DA MORTE
Segundo as lendas, Morrigan foi nocauteada por uma semideusa, a Cú Chulainn, usando uma lança sagrada — na Marvel, o herói foi retratado como uma mulher, mas na realidade é um homem —, que queria poder salvar seu pai de uma morte prematura e por isso aceitou se tornar a nova Morrigan, concedendo ao seu pai a cura de uma vida.
Na antiga X-FACTOR (1986), durante a edição #244, Theresa havia feito o mesmo tipo de contrato para salvar a Polaris, ela também matou a Grande Rainha com uma lança sonora, se tornando a mais nova Morrigan. No entanto, na X-FACTOR (2020) #8, tivemos o passado de Morrigan sendo contado como nas ilustrações do Livro de Kells — o verdadeiro livro onde as histórias do povo irlandês é narrada —, e como ela havia se tornado uma divindade.
Ao que tudo indica, Morrigan já era uma entidade em feitiçaria com seu corpo físico há muitos antes, mas que o perdeu após batalhar contra um touro sagrado. Ela foi morta sendo perfurada pelo chifre de marfim da criatura, em formato de lança — por isso seu feitiço de contrato sempre funciona contra quem a perfura/empala —, mas antes de perecer, ela foi banhada pelo sangue do animal, que em conjunto com sua forte convicção lhe deu a capacidade de transcender também para o plano dos mortos, conquistando aquele reino e se tornando a Deusa da Morte e das Guerras.
Sob o pretexto dela ser derrotada somente por seu paradoxo impossível, Shatterstar é então resgatado do Mojoverse pelos Novos Mutantes e parte para uma batalha longa e mortal pela vida de Theresa, sua antiga amiga da X-Factor. Percebemos que o Shatterstar é um antigo descendente Cú Chulainn
Shatterstar usando suas lâmina perfura o corpo da Morrigan e a “mata”. No processo, a Siryn finalmente é libertada da maldição da Deusa da Morte, que antes de voltar para o seu plano etéreo deixa para trás os “espólios da conquista” para o Shatterstar, revelando a sua grande verdade de vida, que era seu amor pelo Rictor.
E finalmente, após anos, Morrigan e Siryn chegam a uma conclusão com suas histórias.
⊗ AS CONSEQUÊNCIAS POR DRIBLAR A MORTE
Por anos Morrigan e Siryn viveram juntas sob o pretexto de atuarem como uma só divindade, isso porque, ambas as mulheres são irlandesas e as duas também usam habilidades sonoras. Morrigan é uma deusa que procura fazer pacto sempre com as mulheres, pois elas, assim com ela própria, dividem juntas a capacidade de resistir a dor e usar isso como arma.
Com o fim Morrigan, Siryn finalmente poderá seguir sua vida agora que se pacto foi rompido.
No entanto, essa é a segunda Deusa da Morte que volta a se sentir incomodada com os mutantes sobressaindo a morte. E durante a HQ da VALQUÍRIA #7, como também IMPÉRIO: X-MEN #4, o Doutor Estranho comenta que mexer com o reino dos mortos é algo danoso, e que mesmo achando que você tem controle por lá, você nunca de fato tem.
Então é bem capaz de termos outras consequências caindo sobre os mutantes futuramente.
Mas e vocês, caros leitores, o que acharam da narrativa da Morrigan ser retornada durante o run da X-FACTOR de Leah Williams? Conseguiram entender a história da Morrigan ou faltou contexto o suficiente para a narrativa se desenvolver? Comente abaixo suas ideias sobre a Deusa da Morte!
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