Tempestade e Gênese dão início a uma guerra civil em Marte
Dois anos atrás, mutantes utilizaram seus poderes para transformar Marte em um planeta habitável. O local então se tornou o novo território dos arakki, uma civilização mutante que passou milênios aprisionada no reino demoníaco de Amenth, e passou a ser conhecido como planeta Arakko. O nome é uma homenagem à ilha de Arakko, o antigo lar desse povo.
A terraformação do planeta vermelho representou mais uma conquista para a Era Krakoana, pois colocou a mutandade um passo à frente dos humanos comuns na corrida espacial do novo século. Porém, agora o futuro de Arakko está em jogo. Em X-MEN: VERMELHOS #12, tem início uma guerra civil entre mutantes, que estão divididos em dois times, um liderado por Gênese e outro por Tempestade.
Nesta matérias, detalhamos toda a história de Arakko, para que seja mais fácil entender o conflito.
⊗ A ORIGEM DE ARAKKO
Milhares de anos atrás, no Oriente, uma pequena comunidade mutante vivia na ilha viva de Okkara. Entre os seus habitantes estava Apocalipse, Gênese e seus filhos Morte, Guerra, Peste e Fome. No entanto, esse povo começou a enfrentar o seu declínio quando as forças demoníacas de Amenth abriram um portal dimensional e iniciaram uma invasão à Terra. Neste processo, a ilha foi dividida em duas: Arakko e Krakoa.
Aniquilação, divindade da destruição e governante de Amenth, pretendia dominar o planeta e levá-lo para o seu reino. O povo de Okkara iniciou uma guerra, que durou séculos, para impedir a dominação. Gênese, depois de tanto lutar, decidiu mover a batalha para o coração do reino demoníaco, para garantir o futuro do planeta. Ela, seus filhos e a maior parte do seu povo caminharam rumo à Amenth e fecharam o portal por dentro. Gênese pediu para que seu esposo ficasse na Terra, porque não achava que ele era forte o bastante para essa guerra.
Arakko foi junto e serviu de lar para os mutantes no reino demoníaco. Krakoa permaneceu na Terra. No futuro, a ilha emprestou seu território e seu nome para a nação mutante de Krakoa.
⊗ O REINADO DE GÊNESE
Enquanto estiveram presos em Amenth, os arakki foram governados por Gênese. Ela acreditava na soberania dos mais fortes e deu início a uma cultura de guerreiros com foco na conquista, no individualismo e na ideia de o valor de cada pessoa deve ser provado em combate.
Gênese também instaurou um sistema político em que as decisões eram tomadas por um conselho composto por nove mutantes de nível ômega, pois mutantes com este nível de poder eram considerados o mais alto patamar na nova hierarquia de Arakko. Além disso, se alguém quisesse ocupar um assento, era necessário enfrentar um dos membros já existentes em um combate e matá-lo.
Enquanto a nova estrutura social era estabelecida, a guerra com Amenth continuava. Depois de mais séculos de luta, Gênese convocou Aniquilação para um combate decisivo e venceu. Mas tudo isso era uma armadilha.
Aniquilação é uma entidade que não possui corpo físico e precisa de um hospedeiro. Seu espírito é ligado a uma máscara dourada. Gênese derrotou o hospedeiro e herdou a máscara. Isso era o que Aniquilação queria desde o começo. E a partir de então, passou a manipular a mutante para ela se voltar contra seu próprio povo para conquistá-lo.
Isso levou a uma nova guerra. Muitos tentaram resistir, mas Gênese foi se mostrando cada vez mais vitoriosa na sua conquista.
⊗ O RETORNO DE ARAKKO
Saturnyne, uma feiticeira que vive no Extramundo, o limiar entre várias dimensões, deu início ao que poderia ser uma nova invasão de Amenth à Terra. Ela convocou os mutantes de Krakoa e Arakkoem um torneio pela disputa do planeta. O evento ficou conhecido como X de Espadas.
A disputa terminou com um confronto entre Apocalipse e Gênese. En Sabah Nur roubou o elmo de sua esposa e, logo em seguida, se rendeu. Saturnyne ouviu a rendição e decretou o fim da batalha. A feiticeira como resultado final da disputa exigiu que o casal escolhesse alguém do time adversário para viver no seu território.
Gênese pediu que Apocalipse fosse viver em Amenth junto com ela. Apocalipse pediu que a ilha mutante de Arakko fosse viver na Terra. E como a ilha era o lar de milhões de mutantes, eles foram enfim libertos do reino demoníaco. Em Amenth, a família do Apocalipse esteve finalmente reunida, depois de milhares de anos. Porém, alguns arakki também foram obrigados a permanecer em Amenth. Depois das trocas, o portal foi fechado mais uma vez.
Além disso, Saturnyne moldou o elmo da Aniquilação na forma de um cajado, para evitar que o hospedeiro tivesse sua mente completamente dominada pela entidade.
⊗ A NOVA ARAKKO
O número de mutantes na Terra aumentou significativamente com o retorno do povo de Arakko. Porém, o maior problema foi o choque cultural. Os arakki estavam acostumados com a guerra e com a conquista e tiveram dificuldade na adaptação no novo mundo.
Então, no aniversário de um ano de fundação de Krakoa, os mutantes nível ômega de Krakoa e Arakko uniram seus poderes para terraformarem Marte, que passou a ser o novo lar dos arakki.
É válido lembrar que assim como Krakoa possui portais espalhados pelo mundo, por naves espaciais e por outros planetas, a possibilidade de ir e vir entre Arakko e a Terra também estava garantida.
Além dos arakki, alguns krakoanos também se mudaram para o planeta vermelho. Tempestade, um dos membros do conselho político de Krakoa, também se mudou, para servir como ponte entre os dois povos.
⊗ GUERRA CIVIL
Como membro do conselho de Arakko, Tempestade enfrentou muita resistência, já que estava sendo vista como uma estrangeira. Porém, aos poucos a mutante foi conquistando o seu espaço.
Uma de suas contribuições foi mostrar para os arakki que eles já não estavam mais em constante estado de guerra e que poderiam construir uma comunidade e trabalhar coletivamente, ao invés de focarem apenas na vitória individual.
Porém, enquanto os arakki viviam uma nova era, Amenth não havia mudado tanto.Jon IronFire fugiu do reino demoníaco para avisar aos arakki que Gênese mais uma vez havia sido manipulada pelas ideias de Aniquilação e que planejava uma guerra.
A conversa é interrompida por Gênese. Ela descobriu sobre as perdas de Arakko na batalha contra os Eternos e culpa Tempestade pelo ocorrido, pois considera que a visão da Senhora dos Elementos transformou os arakki em fracos. Eles foram derrotados, ao invés de seguirem seu destino como conquistadores.
Gênese deseja levar Arakko para o caminho que acredita ser o correto. Para recuperar seu lugar, ela convoca o mutante que ocupou seu assento no governo para uma disputa. Porém, Lactuca, uma mutante teleportadora, tira todos os que estão do lado da Tempestade lá antes que a briga comece.
A portadora do cetro de Aniquilação fica furiosa, pois fugir de combates era motivo de vergonha na tradição de Arakko.
Gênese então envia uma criatura demoníaca gigantesca para enfrentar seus inimigos, ao mesmo tempo em que inicia uma série de combates entre os mutantes que ficaram do seu lado e os que ficaram a favor de Ororo.
A Senhora dos Elementos então cria uma grande tempestade de gelo e consegue derrotar o monstro. Porém, isso tudo foi planejado por Gênese. A morte da criatura era parte de um ritual de sacrifício para criar um portal definitivo entre Amenth e Arakko.
Com o surgimento do novo portal, todo o exército de Amenth, incluindo os filhos dela com o Apocalipse, partem em direção à guerra.
E você, caro mutante, o que pensa sobre essa guerra? Conta para a gente nos comentários!