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XMEN20: Como a trilogia original tem mais pontos fortes que a segunda

Em julho completou 20 anos desde que X-Men 1 estreou nos cinemas americanos. Desde que X-Men: Primeira Classe (2011) introduziu uma nova visão sobre o mundo dos mutantes, a trilogia original foi recebida com críticas em comparação; no entanto, há várias coisas que a trilogia original, composta por X-Men (2000), X2: X-Men United (2003) e X-Men 3: O Confronto Final (2006), fez melhor do que os sucessores.


A saga que se seguiu a partir de X-Men: Primeira Classe deu à franquia X-Men um sopro bem-vindo de ar fresco (e no final, de água fria rs), enquanto a série combinava comédia e ação, com as quais os fãs do MCU estavam familiarizados.

Embora a nova série tenha feito um excelente trabalho ao introduzir mais membros da comunidade mutante e tentado ampliar o próprio universo, houveram elementos da série original que não puderam ser superados:

× HISTÓRIA ABRANGENTE E IMPACTANTE
trilogia original

A ideia de mutantes vs humanos estava no centro de cada filme da série original. X-Men 1 introduziu a “Lei de Registro de Mutantes” aplicada pelo governo dos Estados Unidos e exigiu que os mutantes registrassem suas identidades e habilidades; X2: X-Men United mostrou William Stryker tentando controlar o Cérebro, a fim de localizar todos os mutantes e matá-los, e X-Men3: O Confronto Final se concentrou em uma “cura” farmacêutica que suprimia o gene mutante.

Cada uma dessas dificuldades girava em torno de mutantes lutando com suas diferenças, além de lutar por seus direitos enquanto eram odiados por sua existência.


Esse conflito central serviu como uma alegoria poderosa para contextualizar o fanatismo contra grupos marginalizados na realidade, e a política demonstrada na trilogia original refletia uma dinâmica semelhante nos sistemas atuais.

Por exemplo, Charles Xavier e os X-Men queriam trabalhar com as potências existentes para alcançar gradualmente a paz, mas Magneto acreditava que qualquer tipo de cooperação era um ato de conformidade e buscava um sentimento extremista de supremacia mutante.

Ambos entraram em conflito com estruturas de poder do governo que procuravam suprimir seus direitos enquanto os abordavam de maneiras variadas que refletiam variações de ideologias políticas.


× REPRESENTAÇÃO DO WOLVERINE

Logan / Wolverine, de Hugh Jackman, é um item básico nos longas dos X-Men desde o início. A introdução ao mundo cinematográfico dos X-Men centrou-se proeminentemente em torno do relacionamento de Logan com os outros mutantes, bem como em sua própria jornada de autodescoberta.

Os filmes originais vêem Logan crescer de um lobo solitário lutando com seu passado para finalmente se tornar o verdadeiro líder dos X-Men e um membro bem-vindo de sua família encontrada.

Embora os filmes posteriores não tenham sido projetados para se concentrar tanto em Logan, seu papel nos filmes subsequentes não apresentou os mesmos níveis de desenvolvimento de personagens.

Em vez disso, os filmes mais recentes confiaram muito no personagem para fornecer um diálogo atrevido, alívio cômico e golpes devastadores. Esses elementos do personagem eram agradáveis, mas a linha de base da profundidade emocional estabelecida pela trilogia original foi o que estabeleceu Logan como um personagem amado.


× RELAÇÃO ENTRE CHARLES E ERIK

O relacionamento matizado entre Charles Xavier e Erik Lehnsherr foi excelentemente apresentado em toda a trilogia original. Um atrito tenso de um passado compartilhado e ideologias conflitantes entre velhos amigos foi perfeitamente ilustrada pelas performances de amigos da vida real, Sir Ian McKellen e Patrick Stewart.

Suas diferenças fundamentais foram estabelecidas imediatamente, enquanto um elemento de ternura familiar e respeito mútuo fundamentou cada um de seus conflitos.

O relacionamento entre os dois personagens foi mais destacado nos filmes que se seguiram, enquanto o público assistia sua amizade em X-Men: Primeira Classe, bem como como eles se separavam devido às diferenças, apesar de ambos quererem o melhor para os mutantes.


O ponto culminante das duas gerações de Charles e Erik se reunindo mais uma vez em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) que foi ainda mais impactante devido à quantidade de desenvolvimento de personagens vista em toda a franquia de filmes, que encerrou a jornada de Ian e Patrick nos filmes de equipe dos X-Men, fechando com chave de ouro.

O retorno do elenco original em Dias de Um Futuro Esquecido foi aclamado pelos fãs, mas até hoje não superam a ausência de um “X-Men 4” focado neste mesmo elenco da primeira trilogia.

Mesmo com muitas falhas em sua jornada, a FOX nos trouxe um elenco de primeira que deu vida a nossos personagens favoritos e que sem dúvida ainda moram em nossos corações.