Famke Janssen reflete sobre o legado dos X-Men no cinema
Super-heróis são a grande moda do momento na cultura pop. Quem é mais jovem e olha para a imensa quantidade de filmes lançados todos os anos talvez não consiga imaginar, mas demorou para que o gênero conquistasse seu espaço. E um dos responsáveis para dar início a esse ponto de virada foi a trilogia dos X-Men dos anos 2000.
Em entrevista para o CinemaBlend, Famke Janssen, a Jean Grey original, refletiu sobre a importância do primeiro X-Men para que o gênero passasse a ser tratado com mais seriedade:
“Uma coisa interessante sobre a franquia X-Men é que ela realmente mudou a natureza desse tipo de filme, porque antes disso eles eram muito brilhosos e os figurinos, tudo era exagerado. Quando começamos a fazer os filmes, a ideia era que estávamos trazendo esses personagens para a realidade. Eles eram pessoas comuns, como você e eu, mas por um acaso tinham superpoderes. E a partir daquele momento, os filmes de super-heróis passaram a mudar. Então foi interessante fazer parte dessa jornada e ver como as coisas mudaram.”
A atriz também destacou a quantidade de personagens femininas nos filmes:
“Outro elemento marcante na franquia X-Men era o número razoável de mulheres presentes, havia quase tantas mulheres quanto homens, algo que nunca tinha acontecido antes [nesses filmes]. Talvez você tivesse uma super-heroína gratuita em um filme aqui ou ali. Eu não quero tomar a responsabilidade por isso, mas eles deram o tom para um mundo totalmente novo de super-heróis e eu acho isso muito legal e interessante.”
Infelizmente, esse é um ponto que demorou para virar uma tendência. Enquanto nos filmes dos X-Men quase metade da equipe era composta por mulheres e elas tinham papéis decisivos na trama (Tempestade derrota o vilão e Jean Grey salva a equipe em X2, por exemplo), mais de 10 anos depois, no primeiro filme dos Vingadores (2012), apenas uma mulher integrava a equipe. O mesmo vale para a Liga da Justiça, de 2017.
No entanto, vale lembrar que mesmo a franquia X-Men sofreu com o machismo da indústria. X-Men 3 originalmente seria um filme focado na Saga da Fênix, mas os planos mudaram quando Bryan Singer deixou a direção. Avi Arad, o presidente da Marvel Studios na época, interferiu e convenceu a Fox de que a Fênix não seria capaz de sustentar a trama inteira e por isso o longa acabou tendo como história principal a cura e a Saga da Fênix ficou em segundo plano. Sim, antes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), a Marvel Studios tinha uma relação melhor com os estúdios que adquiriram os direitos cinematográficos dos personagens da editora. Aliás, Avi Arad também foi o responsável pelos problemas de Homem-Aranha 3.
E aí, caro mutante, qual você considera o legado dos X-Men no cinema? Conta pra gente nos comentários!