8 Erros que a Fox cometeu com Vampira que a Marvel jamais pode repetir
A poderosa e belíssima Anna Marie, mais conhecida como Vampira, possui um grande desenvolvimento dentro dos quadrinhos dos X-Men. Iniciando sua jornada como uma vilã que conseguiu derrotar sozinha a equipe dos Vingadores, algo na vida da mutante mudou. O descontrole de seu poder a fez pedir ajuda a Charles Xavier, abandonar Mística e a irmandade e, ao salvar Wolverine em uma missão, se tornar uma das mutantes mais emblemáticas dos X-Men. Dentro dos filmes, no entanto, Vampira é de longe uma das personagens mais injustiçadas da franquia. Sendo assim, apresentando nosso décimo texto da série, hoje temos 8 erros que a Fox cometeu com Vampira, que a Marvel jamais pode deixar se repetir no MCU.
Vale apontar que essa é uma lista opinativa, assim, há a possibilidade de que você não concorde com nossa opinião. Nessas situações sempre incentivamos o debate na área de comentários.
⊗ 1. Falta de personalidade
Anna Paquin é uma excelente atriz, premiada com um Oscar e acostumada a fazer todos os tipos de cenas, inclusive cenas de ação na série True Blood. A cena em que Vampira cai do avião em X-Men 2 foi feita sem dublê, aliás. Sendo assim, é fácil afirmar que Anna teria talento o suficiente para apresentar uma mutante de personalidade forte e combativa, mas não é o que vemos.
Em X-Men 1, Vampira é apenas uma adolescente, a donzela em perigo, mas isso não deveria se repetir nos filmes seguintes. Os fãs esperavam que com a experiência, a personagem finalmente se tornasse a mutante debochada, pulso firme, de sotaque carregado e extremamente bem humorada, o que não acontece. Temos apenas um vislumbre de força quando ela ameaçou enfrentar Magneto, o que não é suficiente para convencer aos fãs. Mesmo após quase 10 anos em Dias de um Futuro Esquecido, a personagem pareceu bastante apática.
É importante que a Vampira do MCU tenha uma personalidade forte, decidida e aquele deboche natural que faz com que os fãs amem a personagem.
⊗ 2. Focar somente no drama
O drama é parte essencial da vida dos mutantes, mas sabemos que ele não é o único aspecto da vida dos heróis. Se por um lado dar dramaticidade para as questões de relacionamento da Vampira é algo interessante para deixá-la mais complexa, por outro, focar apenas nisso é massante.
Existe uma imensa gama de situações onde poderiam aproveitar melhor a personagem, e aqui nem vamos falar ainda das cenas de ação. Há um problema dentro da franquia que apesar de não citarmos com muita frequência, ele se repete com quase todos os personagens. Eles são em sua maioria unidimensionais. Ok, Vampira tem um poder que pode ser ruim em muitos aspectos, mas ainda assim, eles vivem numa escola, cheia de adolescentes com poderes. O que ela gosta de fazer? Como ela passa o tempo? Como ela lidou com a mudança repentina na vida dela? Nós não sabemos, pois o único aspecto da vida da personagem que existe é o fato dela não poder tocar pessoas.
⊗ 3. Triângulo amoroso desnecessário
X-Men: O Filme e X-Men 2 estabelecem o romance entre Vampira e Homem de Gelo, que embora grande parte dos fãs não goste, pelo menos possui uma construção. Em X-Men: O Confronto Final, há o surgimento de Kitty dentro dessa relação, que se torna um triângulo amoroso. O problema é que esse triângulo não apenas não acrescenta nada para a trama, como atrapalha a personagem.
A intenção de Simon Kinberg era explorar a dramaticidade dos poderes de Vampira, acontece que a personagem não precisava de uma “rival” para isso acontecer. Isso porque levando em consideração toda a periculosidade dos poderes da X-Woman, só o fato de não poder tocar o namorado já deveria ser o suficiente para ela considerar tomar a cura. O triângulo amoroso gasta o tempo de desenvolvimento de Kitty, de Bobby e ainda tira Vampira do filme, porque resolve tomar a cura. E como já citamos anteriormente, os acontecimentos de X-Men: O Confronto Final fazem o desfecho da versão estendida de Dias de um Futuro Esquecido parecer que Vampira está se vingando de Kitty.
Um triângulo amoroso não é um problema desde que bem construído, mas espera-se que caso Vampira seja inserida em um novo no MCU, que seja para fortalecer a personagem. No entanto, a maioria dos fãs dirão que o ideal é que ela fique sozinha ou com Gambit mesmo.
⊗ 4. Tomar a cura
O Arco da Cura de Vampira é baseado em um episódio de X-Men: A Série Animada onde a mutante decide tomar a cura para finalmente poder tocar as pessoas. No entanto, uma das coisas mais importantes desse episódio, é o fato de que a própria mutante se arrepende dessa escolha e acaba fugindo do processo (que no final das contas sequer funcionaria). Tomar a cura não apenas vai contra todos os princípios que os fãs esperavam para a personagem, também a tirou da batalha mais importante do filme.
Vampira no primeiro filme está tentando sobreviver em um mundo completamente novo e preconceituoso. No segundo, tenta convencer os pais de Bobby que não há nada de errado com o filho deles. Mas no terceiro, enquanto Jean se torna a Fênix Negra, Tempestade tenta se tornar uma líder, Wolverine precisa matar o amor da vida dele e até mesmo Bobby resolve sua rivalidade com Pyro, o maior conflito de Vampira é dar uns beijos em um homem que acabou a abandonando para ficar com Kitty (e não é nem no Gambit).
Algumas pessoas argumentam que é coerente para uma jovem adulta, com o tipo de poderes que ela tem, resolver partir para esse caminho. No entanto, é preciso manter em mente que os mutantes são uma alegoria para as minorias existentes na vida real. Não é interessante que crianças ou até mesmo adultos vejam uma das heroínas mais icônicas dos quadrinhos, cedendo a manipulação daqueles que são a representação da discriminação e do preconceito. Muito pelo contrário, o que se espera ver da Vampira é alguém frágil sim, mas que consegue tirar forças mesmo em meio a suas fragilidades.
⊗ 5. Pouca interação com personagens
Sabemos que Vampira possui um forte relacionamento com Bobby. Além disso, a relação da mutante com Wolverine é tão bem construída, que é um dos poucos pontos positivos na adaptação de Vampira para os filmes. No entanto, a interação com outros personagens é praticamente nula e isso é um grande problema.
Em todos os filmes que Vampira aparece, ela está sempre cercada por diversos mutantes, em grande parte, mulheres que seriam ótimos exemplos para ela. Infelizmente a personagem quase não fala com as pessoas ao seu redor. Vampira mal tem diálogos com Jean Grey, Tempestade ou Kitty, que são personagens da qual ela deveria interagir (mesmo que fosse pela rivalidade por causa de Bobby). Do lado dos homens, não há diálogos com Ciclope ou Colossus, e até mesmo com o Professor X, a interação dela é bem baixa.
Noturno já em seu primeiro filme e tem diálogos bastante profundos, é esse tipo de interação que é importante para os filmes dos X-Men. Vampira não foi agraciada com essa profundidade.
⊗ 6. Utilizar mal os poderes
Esse é um item onde poderíamos focar na má utilização dos poderes da Vampira para cenas de combate, mas não será o caso. Acontece, que o problema com ela é um pouco mais profundo. Isso porque a personagem tem uma habilidade muito útil para combate sim, mas não é só isso, seus poderes são úteis em diversas situações, mas mal aparecem nos filmes.
Em uma explicação simples, Vampira possui a capacidade de absorver as habilidades especiais, força vital e memórias de quem ela toca. Dentro dos filmes, vemos esses poderes sendo utilizados pouquíssimas vezes, na maioria delas, sequer serve para mover a trama. Em X-Men: O Filme, é Magneto quem a força a utilizar os poderes, habilidade essa utilizada em prol do vilão. Em X-Men 2, ela realmente utiliza o poder de forma inteligente para impedir Pyro, mas uma única vez no filme. Caso ela replicasse os poderes de Noturno, Jean Grey, Tempestade ou Mística, poderia facilitar e muito o resgate do Professor X e de Ciclope. Em X-Men: O Confronto Final, a única vez que ela utiliza os poderes é Colossus quem toca nela.
Nos quadrinhos, mesmo quando Vampira não está lutando, seus poderes são utilizados de forma muito útil para a equipe. Seja para curar um aliado, seja para teleportar pessoas em perigo, utilizar telepatia de alguém ou utilizar força para resgate. Mesmo as animações mostram o quanto os poderes da mutante são úteis se utilizados de forma passiva. Infelizmente não é o caso dos filmes, que sequer exploraram o dilema de ter a mente de muitas pessoas dentro da cabeça da heroína.
⊗ 7. Não ter cenas de ação
Não importa a mídia em que apareça, Vampira costuma sempre ser uma personagem porradeira. Se ela tem ou não super-força é indiferente, o que importa é que a personagem sempre utiliza seus poderes quando necessário. Razão inclusive pela qual o drama de ter a psique de muitas pessoas em sua cabeça é um problema para ela.
Nos filmes, é possível citar no mínimo umas 5 situações onde os fãs esperavam ver Vampira utilizando seus poderes para combate, mas foram frustrados. Isso não aconteceu em X-Men 2 na invasão da mansão, nem na invasão da base de Stryker. Também não aconteceu em X-Men: O Confronto Final, na batalha do último ato do filme, onde a personagem estava ocupada na fila da vacina da cura. Também não aconteceu nem no início, nem no fim de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.
Vampira não precisa ter força sobre-humana para entrar em combate, a mutante é extremamente bem treinada e possui altas habilidades de luta. Não colocá-la em nenhum combate chega a ser estupidez. Esse é um erro que provavelmente a Marvel jamais cometerá.
⊗ 8. Cortada de um filme
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é o maior sucesso da franquia principal dos mutantes no cinema. Não a toa, ele possui a maior bilheteria, a maior aceitação de crítica e de público dentre os filmes dos X-Men. Infelizmente, assim como no resto da franquia, Vampira estava lá para ser completamente injustiçada.
Toda a participação da personagem foi cortada da versão teatral de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Assim, todas as esperanças de que a personagem finalmente receberia o destaque que merecia foi por água abaixo. Posteriormente, houve uma grande campanha na internet para que os produtores mostrassem as cenas envolvendo a personagem no longa, assim surgiu a Edição Vampira. Acontece que embora o filme se chame “edição Vampira”, a mutante mal tem 2 minutos de tela, do tempo que tem, metade é sendo resgatada.
É bastante improvável que Vampira ganhe um filme solo no MCU, mas o mínimo que esperamos, é que ela não seja cortada de nenhum dos que aparecer.
Chegamos ao fim desse texto, afinal, você concorda com tudo o que foi apontado? Diga o que pensa nos comentários.