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8 coisas em que os filmes dos X-Men são melhores que os do MCU

O Universo Cinematográfico da Marvel é sem dúvida alguma uma das franquias de maior sucesso da história do cinema. A produção construiu esses filmes lá em 2008 de forma tão cuidadosa, a ponto de uma década depois a Marvel se tornar uma supremacia no gênero. Não é à toa que após cada fracasso da Fox ou da Sony os fãs entoavam “volta pra Marvel” como um mantra. Ainda assim, mesmo com diversos fracassos, não significa que os filmes da Fox eram compostos apenas de coisas ruins. Hoje nós temos uma lista com 8 elementos que os filmes dos X-Men apresentaram melhor do que os filmes do MCU.


Vale lembrar que essa não passa de uma lista opinativa. Portanto, há a possibilidade de você discordar dela, por isso incentivamos que você debata conosco e expresse sua opinião na área de comentários.

⊗ 1. A profundidade da mensagem

Começamos essa lista falando sobre a profundidade dos filmes. De 2018 para cá, a Marvel iniciou uma jornada onde busca trazer maior representatividade e uma mensagem mais profunda para seus projetos. Com essa jornada, tivemos o lançamento de grandes filmes ou de projetos com relevância. Assim surgiram não apenas longas como Pantera Negra, produção com elenco de maioria negra, ou Capitã Marvel, primeiro filme solo com uma protagonista na Marvel, mas também o próprio Vingadores: Guerra Infinita, filme em que as motivações de Thanos eram críticas a nossa sociedade atual. Antes disso, dá para dizer que somente Capitão América: O Soldado Invernal era um filme da Marvel com um tema sério para se abordar. Todos os outros longas focavam muito mais na diversão do que na mensagem.

Com X-Men, desde seu primeiro filme, a diversão e a mensagem se combinam. Já no primeiro filme entendemos as questões políticas relacionadas a luta contra o preconceito. Em X-Men 2 temos questões sobre crença, além da icônica cena em que Bobby sai do armário para seus pais. Todos os filmes dos X-Men, mesmo os piores, possuem mensagens importantes e profundas que funcionam como pano de fundo para o projeto. Mesmo Deadpool, um filme de comédia que aborda brevemente a exploração do capitalismo.

Assim, o fato de a franquia não ter demorado 10 anos para começar a abordar temas mais relevantes faz desse ponto superior aos filmes do MCU.


⊗ 2. Protagonismo feminino

Como citamos acima, a Marvel trouxe em 2019 o filme da Capitã Marvel, que não agradou tanto o público, mas foi um sucesso de bilheteria. A Feiticeira Escarlate roubou a cena em Vingadores: Ultimato e também em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Atualmente teremos provavelmente Shuri como a nova Pantera Negra. Viúva Negra sempre teve um papel relevante na equipe desde o primeiro filme dos Vingadores. Ainda assim, quando olhamos a coisa por outra perspectiva, não parece tão bem distribuída.

Em X-Men: O Filme temos 2 protagonistas, Wolerine e Vampira. A equipe dos X-Men antes era composta por Professor X, Tempestade, Ciclope e Jean Grey, ou seja, 2 homens e duas mulheres. Do lado dos vilões temos Mística como braço direito de Magneto, mulher essa que dá uma surra no protagonista. Em X-Men 2, Tempestade e Jean Grey se mostram as personagens mais poderosas do filme junto com Professor X e Magneto. Em X-Men: O Confronto Final nem é preciso dizer. A lista segue em todos os outros filmes de equipe da franquia, com talvez X-Men: Primeira Classe sendo a exceção.

Nos filmes dos X-Men as mulheres sempre tiveram papel relevante, sem precisar apelar para a sexualização. Até mesmo Mística, uma personagem que anda pelada não sofre com esse problema. Infelizmente, com a Viúva Negra, isso aconteceu muito, principalmente nos filmes de Joss Whedon. Sem falar que todos os personagens masculinos dos Vingadores tiveram pelo menos um filme solo antes de 2015, exceto a própria Natasha. No MCU, com 19 filmes em que há um único protagonista, ou seja, filmes solos, 17 são de protagonistas masculinos e 2 de protagonistas femininas.


⊗ 3. Motivações dos vilões

Bons filmes não precisam apenas de boas histórias e de heróis carismáticos, é necessário também uma boa ameaça. Antagonistas que sejam tão interessantes quanto os próprios heróis, que sejam ameaças que o público sinta que os heróis podem perder. Quando falamos de bons antagonistas nos filmes Marvel podemos citar Thanos, Killmonger e o Mandarim. No entanto, levando em conta que mais de 30 vilões apareceram no MCU, citar apenas 4 ou 5 como bons é um problema. A maioria dos vilões da Marvel no início ou não tinham boas motivações, ou se escoravam na premissa “Tony Stark me fez mal, quero vingança”. Vilões com motivações assim ou, é mal porque é mal, ou porque é ganancioso torna todo o embate um pouco fraco.

Erik Lensherr se tornou um vilão por causa das torturas que sofreu na Alemanha Nazista. William Striker é a representação do humano preconceituoso extremista. A ascensão da Fênix mostra como tomar decisões erradas mesmo com boas intenções podem causar problemas. Trask é um vilão que não odeia os mutantes exatamente, mas teme a evolução deles, por isso decide exterminá-los. As sentinelas do futuro por si só são extremamente assustadoras. Mesmo Apocalipse, um vilão de um filme considerado fraco pra muitos dos fãs, possui motivações interessantes. Por si considerar um deus todo poderoso, ao ver o povo subjugado por políticos com nenhum poder real, se revolta e tenta retomar sua posição.

Na prática, os filmes dos X-Men possuem muito menos vilões em quantidade. Ainda assim, levando em conta os mais de 30 vilões da Marvel, a qualidade deles é maior.


⊗ 4. Cenas de Abertura

Aqui temos algo que a franquia X-Men se destaca não apenas dos filmes do MCU, mas dos filmes de ação em geral. É surpreendente que mesmo os piores filmes da franquia possuem cenas de abertura eletrizantes, instigantes e de qualidade absurda.

Os piores filmes da franquia entregam cenas como o acidente dos pais de Jean Grey em X-Men: Fênix Negra, o ataque do Urso Místico em Novos Mutantes e Dentes-de-Sabre e Logan passando por diversas guerras em X-Men Origens: Wolverine. Nos melhores filmes da franquia temos cenas como Magneto no campo de concentração, a invasão de Noturno na Casa Branca e o ataque das Sentinelas aos mutantes do futuro. X-Men: Apocalipse também entrega uma cena belíssima de abertura com a traição que o vilão sofre.

Se existe algo que a Marvel poderia aprender com os filmes dos X-Men, é a forma com a qual eles entregam boas cenas de abertura.


⊗ 5. A importância das mortes

Em 2018 tivemos um dos maiores atos da cultura pop de todos os tempos, Vingadores: Guerra Infinita. Ao final dele, os fãs presenciaram algo devastador, os heróis perderam a batalha e o estalo de Thanos dizimou 50% da população da Terra. Esse é um momento icônico, ver a dor dos outros heróis descobrindo a morte de seus parceiros e amigos é devastadora. Ainda assim, o público por si só já sabia que a morte não duraria, inúmeros personagens da Marvel “morreram” tantas vezes, que mortes não causam impacto.

Nos filmes dos X-Men tivemos cenas em que personagens pareceram morrer, mas retornaram, o caso de Professor X é um deles. Ainda assim, no mesmo filme Jean Grey matou Ciclope de verdade, assim como Wolverine assassinou Jean Grey de verdade. As mortes de Dias de um Futuro Esquecido, mesmo com eles voltando no tempo, tiveram grande impacto, tanto, que ao final do filme não sabemos se tudo dará certo ou não.

Na Marvel, a única forma de um herói ter uma morte definitiva é se o contrato do ator ou da atriz acabar.


⊗ 6. Diálogos Marcantes

Uma coisa que está ligada diretamente a profundidade dos filmes é o roteiro. É justamente ele quem dita se um filme é profundo ou não, qual importância e impacto o longa terá. Quais falas e em quais momentos esses diálogos serão ditos, de forma a causar impressões positivas ou negativas. Os filmes da Marvel têm como maior objetivo divertir o público. De modo que existem poucos diálogos marcantes em seus filmes, visto que essa profundidade foge da proposta.

É claro, existem alguns diálogos muito interessantes na Marvel, como os de Killmonger ou da Anciã de Doutor Estranho. Ainda assim, levando em conta os 29 filmes existentes, o MCU nem de perto possui diálogos tão marcantes quanto os dos X-Men. A saída do armário de Bobby, Mística revelando que sofria bullying na escola, os discursos de Magneto e a conversa entre o Xavier do Futuro e do Passado são apenas alguns de muitos diálogos incríveis da franquia.

Os filmes dos X-Men possuem diálogos tão interessantes, que nós fizemos uma postagem exclusivamente para isso, você pode conferi-la clicando aqui.


⊗ 7. Fugir da Fórmula

Hoje em dia, depois de quase 15 anos de MCU, ficou claro que a fórmula Marvel já está um pouco ultrapassada. Não que ela não funcione mais, mas os filmes se repetem tanto, que o público já sabe o que vai acontecer. Assim, filmes que fogem dessa fórmula são um sopro de ar fresco num mar de conteúdo parecido.

A repetição da fórmula Marvel garante que nenhum filme do MCU seja um fracasso homérico de crítica ou de público. Mesmo aqueles que são considerados os piores dentre eles, em sua maioria, sempre estão próximos da média na crítica. Com relação ao público, todos eles estão acima de 70%. Isso significa que a fórmula Marvel é uma jogada segura para garantir um conteúdo satisfatório, o problema é que ao mesmo tempo, não permite nenhum conteúdo inovador.

Essa fórmula garante que um filme como Novos Mutantes, uma tentativa de fazer algo inovador que foi um completo fracasso, jamais aconteça. Contudo, ela também impede que filmes como Logan, Deadpool ou até mesmo filmes da concorrência como Coringa, jamais surjam com os personagens do MCU. Felizmente é possível dizer que essa prática aos poucos está mudando, Eternos e Multiverso da Loucura e Werewolf by Night são exemplos que mostram um pouco dessa flexibilidade.


⊗ 8. Mercúrio

Aqui temos um produto dos direitos autorais. Peter vs Pietro, Mercúrio dos X-Men vs Mercúrio dos Vingadores. Esses dois personagens só puderam aparecer em ambas as franquias justamente por uma brecha nos direitos autorais, que colocavam Mercúrio como mutante, mas também como um Vingador. Assim, tivemos a participação de Evan Peters como Mercúrio em Dias de um Futuro Esquecido (2014) e Aaron Taylor Johnson em Vingadores: Era de Ultron (2015).

Em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, Mercúrio não tem muito tempo de tela, mas o tempo que tem, ele faz por merecer. A cena dele em câmera lenta é um dos pontos altos do longa e se ampliou ainda mais em X-Men: Apocalipse, tanto que ele virou um queridinho do público. O Mercúrio de Aaron, no entanto, vítima da guerra pelos direitos autorais, morreu no primeiro filme em que apareceu. Um velocista atingido por tiros é algo bastante patético. Alguns dirão que ele é mais fiel, ainda assim, ele é menos carismático, menos interessante, menos poderoso e tem muito menos cenas chamativas. Não é à toa que Evan Peters foi convidado para fazer uma participação como “Mercúrio” em WandaVision.


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