FILMES

8 erros que a Fox cometeu com Psylocke que a Marvel jamais pode repetir

Psylocke é o codinome de duas mutantes diferentes. Inicialmente, a detentora desse título era Elizabeth “Betsy” Braddock, que passou grande parte de sua vida apenas como telepata. Posteriormente, em uma sucessão de eventos Betsy trocou de corpo com Kwannon, uma assassina japonesa. As duas personagens passaram muito tempo com os corpos trocados, até que recentemente, elas superaram suas diferenças. Kwannon recuperou seu corpo e assumiu a alcunha de Psylocke, enquanto Elizabeth se tornou a Capitã Britânia. Uma história densa e complexa não? infelizmente nada dessa profundidade e complexidade existiu nos filmes. Assim, apresentando nosso sexto texto da série, hoje temos 8 erros que a Fox cometeu com Psylocke, que a Marvel jamais pode deixar se repetir no MCU.


Vale apontar que essa é uma lista opinativa, assim, há a possibilidade de que você não concorde com nossa opinião. Nessas situações sempre incentivamos o debate na área de comentários.

⊗ 1. 2 Atrizes diferentes

Começamos com um erro que também aconteceu com Lince Negra. Em X-Men: O Confronto Final a atriz Mei Melançon interpretou a mutante Psylocke pela primeira vez no cinema em 2006. Posteriormente, a atriz Olivia Munn interpretou a segunda versão da personagem, no filme X-Men: Apocalipse 10 anos depois.

Exatamente como Kitty Pryde, o fato de utilizarem duas interpretes para o papel mostra despreparo e falta de planejamento. Nos quadrinhos, Psylocke é originalmente uma mutante inglesa, que acabou trocando de corpo com Revanche, uma mutante japonesa. Nos filmes há uma troca, mas que nada tem a ver com a história, apenas diretores não se importando com o que já aconteceu. Além disso, a primeira Psylocke é interpretada por uma atriz filipina, já a segunda, é interpretada por uma estadunidense com ascendência vietnamita.

A escolha de Olivia Munn para a nova versão de Psylocke foi o que proporcionou grandes momentos da personagem. Ainda assim, não dá para negar o fato de que em nenhuma das versões, a nacionalidade e a cultura da personagem foi acertada.


⊗ 2. Erro de cronologia

Se há uma coisa pela qual os X-Men são conhecidos é pela bagunça cronológica, não apenas pelos filmes da Fox, mas até mesmo nas HQs. Contudo, os erros dos filmes seriam facilmente evitados com planejamento, e é justamente o fato de existirem duas atrizes interpretando um mesmo papel que acaba gerando um segundo erro para a personagem, mais um erro de cronologia.

A versão de Psylocke de X-Men: O Confronto Final é creditada exatamente com o mesmo nome que a versão de Apocalipse, “Psylocke”. Mas se vimos a personagem como uma mutante jovem nos anos 2000, como é que ela aparece adulta, aparentando ter mais de 20 anos em 1983? É possível argumentar que a alteração temporal de Dias de um Futuro Esquecido tenha mudado a data de nascimento de Psylocke. Ignoremos por um instante o fato de que Betsy para ser uma adulta nos anos 80, teria de ter nascido no mínimo em 1963 (que por si só já desbanca essa explicação). Ainda ignorando esse fato, em um diálogo de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, Fera afirma que ainda que se mude o fluxo, o curso do rio sempre permanece o mesmo. Ou seja, em tese, seguindo o próprio roteiro, a personagem não deveria ter nascido antes dos anos 80.

Espera-se que na Marvel esse tipo de erro bobo não exista, não apenas com Psylocke, mas com qualquer um outro personagem.


⊗ 3. Roteiro ruim

Até agora, todos os mutantes que passaram por nossa série gabaritaram nesse quesito. O roteiro dos protagonistas dos filmes pode ser muito bom e ter momentos memoráveis. Os coadjuvantes no entanto, padecem sempre do mesmo mal, quando não estão completamente mudos, possuem 3 ou 4 linhas de diálogos.

Dentro da franquia, a personagem teve a incrível quantidade de 8 linhas de diálogo, duas em X-Men: O Confronto Final e seis em X-Men: Apocalipse. Dessas 6 falas da versão de Olívia Munn, metade delas mostra a personagem em posição subalterna e nenhuma delas serve para desenvolver a personagem. Vale citar que essas linhas de diálogo juntas devem formar no máximo uns 30 segundos.

Alguns diriam que pelo menos ela tem mais falas do que o Colossus, mas isso não é uma qualidade, todo mundo tem mais falas que o Colossus. Dessa forma, esperamos que a Marvel dê um roteiro melhor para a personagem.


⊗ 4. Não ter destaque

Outro problema que se repete com grande parte dos personagens da franquia se trata da falta de destaque para mutantes importantes. No caso de Psylocke, já que nos quadrinhos há a versão Betsy Braddock e a versão Kwannon, havia duas fontes de inspiração para a produção. No entanto, muito tempo foi gasto para nada.

Chega a ser quase injusto falar sobre a falta de destaque da versão de X-Men: O Confronto Final. A personagem é tão negligenciada e tão descaracterizada, que a maioria dos fãs sequer sabe que se trata de Psylocke. A versão de Olivia Munn por outro lado, possui um pouco mais de destaque, ainda assim, a mutante ganhou ao todo cerca de dois minutos e meio de tela. Levando em conta que ela era uma Amazona do Apocalipse, ter pouco mais de 2 minutos nos holofotes é até patético.

Em ambas as versões não há espaço nos filmes para desenvolver a personagem. Falando especificamente de X-Men: Apocalipse, há inúmeras perguntas sobre a personagem que não temos respostas. Qual o envolvimento dela com Anjo? Qual a motivação dela para aceitar Apocalipse? Porque ela trabalhava para Caliban? Por que ela desativou a adaga psíquica quando tava caindo do prédio e caiu estatelada no chão? Muitas questões.


⊗ 5. Depender de dicas da atriz

Se por um lado Psylocke possui roteiro ruim e pouco destaque, por outro, ela possui um dos, se não o visual mais fiel de toda a franquia dos X-Men no cinema. Fiel, mas ao mesmo tempo moderno, fazendo referências a personagem dos quadrinhos. O uniforme roxo acompanhado da espada da mutante fazem do visual trajado por Olivia Munn excepcional. Ainda assim, há um problema nisso.

É um fato que quando diretores e produtores escutam as sugestões do elenco, parece que o trabalho fica ainda mais orgânico e completo. Porém é um problema, quando essa sugestão é um pedido que os fãs já faziam há mais de 10 anos. Originalmente, o uniforme roxo e fiel que Psylocke usa no filme, seria um todo preto. Olivia Munn foi quem pediu para que a produção fizesse a alteração no visual da mutante, isso porque ela conhecia a personagem.

Esse não é o primeiro caso de atores dentro da franquia que conhecem muito mais sobre os personagens do que diretores e produtores. Olivia Munn, Alexandra Shipp, Kodi Smith-Mcphee, Lana Condor além de muitos outros artistas esperam fidelidade e respeito a obra original, mas não foi o que aconteceu. Esperamos então que com a chegada dos X-Men no MCU, a produção tenha feito seu trabalho de casa, aceite sim sugestões do elenco para melhorar, mas melhorar um trabalho já bem feito.


⊗ 6. Substituição mal feita

Após sua queda ridicula do prédio, Psylocke levanta e faz uma saída estratégica pela tangente enquanto Apocalipse apanha de Jean Grey, assim a mutante se despede de X-Men: Apocalipse. O sucesso de Olívia foi tão grande no papel, que o que se esperava é que a personagem retornaria para X-Men: Fênix Negra, mas não foi o caso. Infelizmente por conflitos de agenda, Munn que realmente participaria do filme, não retornou, mas Psylocke ganhou uma “substituta”.

Em X-Men: Fênix Negra, Magneto possui 2 seguidores fiéis, um deles é Ariki, um mutante que possui o poder de utilizar seus cabelos como chicote. A segunda seguidora é Selene, uma mutante telepata, que possui uma adaga e tem cabelo roxo. Entendeu onde queremos chegar? Exatamente, como Olívia não pôde participar do filme, a produção simplesmente trocou Psylocke por uma personagem que possui características parecidas, até mesmo a tendencia a mudez.

A existência dessa versão de Selene no filme também nos faz crer que ainda que Psylocke estivesse no longa, seria subutilizada. Afinal, a única cena marcante de Selene é sua morte.


⊗ 7. Poderes mal explorados

Psylocke é uma mutante telecinética e telepata que em algumas HQs foi considerada uma dentre os 5 mutantes telepatas mais poderosos da Terra, podendo ler, manipular e controlar mentes facilmente. Com sua telecinese ela é capaz de mover, controlar e levantar objetos (ou pessoas). Sua força mental é tão grande que pode levitar objetos muito mais pesados do que seu corpo, o que a permite voar. Ela também consegue criar campos de força e lançar rajadas telecinéticas. Psylocke também possui expertise na manipulação psiônica, podendo criar armas psiônicas como sua famosa adaga psíquica, ou até mesmo outras armas como arco e flecha. Quando em posse da Aurora Rubra, a mutante podia controlar e manipular as sombras, conseguindo se teletransportar através delas.

Parte dessas coisas são vistas nos filmes, mas uma parte ínfima. A mutante controla as sombras em X-Men: O Confronto Final, mas a personagem é tão mal construída, que isso quase não é perceptível. Já em X-Men: Apocalipse, ela tem uma capacidade física incrível, mas tem-se a impressão de que o poder da mutante é criar objetos etéreos e não telecinese. Sem contar, que não há nenhuma menção a telepatia dela durante todo o filme.

Com a chegada dos X-Men no MCU, espera-se que os poderes de Psylocke, seja ela Kwannon ou Betsy, sejam muito melhores explorados.


⊗ 8. Não aproveitar o empenho de Olivia Munn

Há pouquissimos artistas que passaram pela franquia que foram tão dedicados quanto Olívia Munn. A atriz não apenas sugeriu a mudança no uniforme de Psylocke, tornando ele completamente fiel aos quadrinhos e uma das roupas mais bonitas da franquia, como conhece e consome o material fonte. Além disso, ela era muito comprometida com as cenas de ação.

Olívia apontou que em X-Men: Apocalipse, TODAS as cenas de ação de Psylocke foram feitas por ela. A atriz treinou fortemente durante a produção do longa, aprendendo Tae Kwan Do e a técnica dos dublês para ficar presa nos cabos. Durante as filmagens, Olivia constantemente postava vídeos dela praticando lutas de espadas.

Na Marvel, Tom Holland é alguém que possui um empenho parecido. É até triste comparar o destaque dos personagens que cada um dos dois interpreta.


Acreditamos que ainda que Olivia Munn tenha algumas cenas visualmente bonitas, isso não foi suficiente para fazer Psylocke uma personagem incrível nas telonas. Mas afinal, você concorda com nossa lista? Diga o que pensa nos comentários.