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THE GIFTED: 2X01 – eMergência! (REVIEW)

A primeira temporada de The Gifted surpreendeu a todos ao nos mostrar uma realidade em que mutantes são perseguidos e tem que sobreviver sem a ajuda e os recursos financeiros e bélicos dos X-Men, que assim como a Irmandade de Mutantes, desapareceram. Sendo estes um dos mistérios apresentados e não concluídos na primeira temporada. Os X-Men saíram de cena para que personagens menos conhecidos, como a Polaris, pudessem brilhar.

Como é de se esperar, todo início de uma temporada tem como objetivo nos mostrar o que aconteceu com os personagens que conhecemos desde a última vez que os vimos, quem são os novos personagens e também começar a encaminhar para a história que veremos ser desenvolvida. Todos esses fatores fazem com que esse episódio seja muito mais parado do que o primeiro episódio da primeira temporada, que foi muito mais frenético e teve muita ação.

A segunda temporada se inicia seis meses após os eventos do final da primeira temporada. Logo no início do episódio nós conhecemos Reeva (Grace Gealey), uma mutante com habilidades similares as do Banshee, que embora não sejam grandiosas, o maior problema acaba sendo como eles decidiram representar ela usando seus poderes, algo que eu achei esquisito. Reeva é um dos membros do Círculo Interno do Clube do Inferno, e ao lado das Irmãs Frost (Skyler Samuels) tem planos bastante ambiciosos para Polaris (Emma Dumont) e seu futuro filho.

A gestação de Polaris está em um estágio muito mais avançado. E assim como aconteceu na primeira temporada, ela faz com que seus poderes se expandam, mas dessa vez, fujam de controle. A mutante causa uma interferência elétrica nas luzes da cidade. Ela também abandona a sua postura agressiva e combativa e adota uma postura muito mais passiva e preocupada. Ela só pensa em ser uma boa mãe. Por outro lado, Andy (Percy Hynes-White) adota um visual rebelde e uma postura mais madura, fazendo com que os dois formem uma dupla que parece ser muito mais interessante do que a dupla composta por Andy e sua irmã Lauren na primeira temporada da série.

Lorna teme as intenções que Reeva e as Frost possam ter com ela e o seu filho. Tem medo de que elas não sejam aquilo que dizem ser e que não acreditem naquilo que dizem acreditar. Andy é a única pessoa em que ela confia e deixa para ele a missão de que se algo der errado no parto, ele garanta que vão escolher salvar o bebê ao invés dela, pois ela acredita que darão preferência a ela. Eu confesso que eu não entendi a preocupação da Lorna, já que me parece claro que a Reeva tem planos para a criança e que por isso não deixaria ela morrer.

No outro núcleo da série nós temos Blink (Jamie Chung) e Pássaro Trovejante (Blair Redford) estabelecidos como um casal, conforme o que começaram a construir na primeira temporada. Por termos visto a maneira forçada como o relacionamento deles foi construído, levando em conta que o processou contou com a morte da Belos Sonhos (Elena Satine), isso faz com que não sejam um casal legal de ver. Sinceramente, não dá pra shippar Thunderblink. Os dois partem em uma missão para conseguirem informações sobre a família de uma mutante nova que eles salvaram, onde Blink se disfarça (espero que isso não se repita, quero mais marcas na cara dela). Quando foi anunciado que Blink estaria na série, os fãs ficaram muito animados, afinal, haviam gostado da versão da personagem apresentada por Fan BingBing em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014).  Os três primeiros episódios mostraram que essa animação valia a pena, pois ela parecia uma personagem com bastante potencial, mas depois disso ela acabou se resumindo a drama e ao Pássaro Trovejante, um dos motivos desse casal ser ruim.

No lado da família Strucker, temos eles preocupados e com saudades de Andy. Lauren (Natalie Alyn Lind) tem sonhos com o seu irmão. A mãe Kate (Amy Acker) está desesperada atrás do filho e acredita que os sonhos da filha podem revelar algo considerando a conexão que eles tinham com seus poderes. Ela chega ao ponto de sugerir que a filha não se preocupa com o irmão quando ela sugere que talvez fosse só um sonho e nem tinha certeza se era o Andy mesmo. Já o pai Reed (Stephen Moyer) também demostra preocupações, mas o ponto mais importante em relação a ele, é o início da manifestação dos seus poderes mutantes, que não estão mais reprimidos.

Mais tarde, eles vão atrás de um mutante hacker para descobrir informações do Círculo Interno. O mutante deixa claro o quão Reeva é perigosa e do fato de que as pessoas que provocam ela desaparecem.

Tenho a impressão de que Reed, que foi chato na primeira temporada, vai se tornar um personagem interessante nessa e talvez Kate se torne uma personagem apagada por ser a única não mutante da família. Kate também havia se mostrado uma personagem interessante na primeira temporada, ao ver com os seus próprios olhos a realidade dura dos mutantes que ela não ligava. Mas também teve alguns problemas, como a sua preocupação enorme que a impedia de aceitar que aquela é a nova realidade deles e que seus filhos precisam aprender a lutar.

Eclipse (Sean Tale) sofre por estar longe de sua amada Polaris e do seu futuro filho. O que nos leva ao momento mais importante do episódio: o parto. Reeva e as Frosts levaram Polaris para um prédio de concreto, para que a estrutura aguentasse os surtos que ela poderia ter. Lorna tem um bloqueio durante o parto, o que impede ele de seguir adiante. As Frosts  mostram para ela a visão de um futuro perfeito para os mutantes, para ela e a sua filha. Isso faz Polaris lembrar o motivo de estar fazendo tudo isso e o parto prossegue. É a primeira vez que vemos uma mutante dando a luz em live action e Emma Dumont executou essa tarefa com maestria.

Como dito anteriormente, os poderes de Polaris causam interferência na luz da cidade. O que faz com que Eclipse consiga descobrir a sua localização e junto dos Struckers, Blink e Pássaro Trovejante eles vão até lá. Mas ao chegarem não encontram nada porque as luzes da cidade apagaram. Pra mim foi um dos momentos mais emocionantes do episódio, pois consegui compreender a dor de Marcos por tanto procurar e não encontrar, por estar separado da mulher que ele ama e perder o nascimento de seu filho e sem saber se esse surto que fez a energia acabar foi fruto do parto ter terminado, ou então porque Lorna ou o bebê morreram.

Não foi um episódio que te prende e te empolga tanto quanto o primeiro episódio da primeira temporada. Mas a cena do parto e da busca de Eclipse tornaram o episódio bastante interessante. Confesso que me surpreendeu o parto ocorrer logo no primeiro episódio, pois acreditava que manteriam a gestação por mais tempo ou que Lorna perderia o bebê. Tenho curiosidade do que virá por aí e de ver quais são os reais planos de Reeva.

E vocês o que acharam?