QUADRINHOS

Roteiristas explicam a importância de resolver a polêmica com Psylocke e Capitã Britânia

No final dos anos 80, Psylocke (Elizabeth Braddock) e os X-Men precisaram atravessar o Portal do Destino. O portal julga a vida e concede uma segunda chance de recomeço a quem o atravessa, ainda que essa pessoa possa ter alterações drásticas em sua nova vida. No caso de Psylocke, ela ressurgiu sem memórias na China, foi encontrada por homens de Matsuo Tsurayaba, que com a ajuda de Espiral, trocaram seu corpo pelo da ninja assassina Kwannon, que estava em coma. Betsy se tornou uma assassina do Tentáculo, enquanto Kwannon foi parar no corpo de Elizabeth, mas acabou morrendo.


Essa ja era uma história extremamente confusa para os fãs nos anos 90, mas após 30 anos, com a humanidade atingindo uma consciência racial muito maior do que na época, percebe-se uma problemática. Uma mulher caucasiana tomando para si o corpo de uma mulher asiática e fazendo com ele o que bem entender sem o consentimento da mesma, nada legal. Alguns anos atrás essa situação foi revertida, mas muito ódio e mágoa entre as mutantes permaneceu. Esse ano no entanto, em Excalibur #19, as diferenças entre as duas personagens finalmente foi superada. Assim, os escritores Tini Howard (Excalibur) e Zeb Wells (Satânicos) que escrevem as HQs em que Betsy e Kwannon participam, falaram sobre a decisão de finalmente acabar com essa rivalidade.

“Isso foi algo que conversamos desde a primeira reunião de roteiristas que participei”, Disse Howard a EW. “Mesmo antes de começarmos a criar nossas próprias histórias, conversamos sobre ‘quais coisas eram realmente importantes para nós, coisas que queríamos ajeitar da maneira que elas mereciam?’. Uma delas era uma resolução para a situação de Psylocke que m]ap fosse apenas essas duas personagens brigando até se darem bem. Foi importante não apenas para nós, criadores, mas também para os fãs, especialmente fãs asiáticos e todas as fãs do sexo feminino, que se sentiram incomodadas ou magoadas pela maneira que elas foram tratadas ao longo desses 30 anos. Esse problema era realmente complexo e também se tornou importante para as pessoas de várias maneiras, então era realmente necessário resolvê-lo. Isso foi algo que levei muito a sério”.


O roteirista por fim elogiou Wells, que então mostrou seu parecer sobre a abordagem que deu para Kwannon nessa situação.

Eu pensei no que fazer a partir do que Tini estava fazendo e [a maneira de] honrar a personagem era fazer de Kwannon a personagem mais legal possível sem usar essa situação. Mostrar que havia uma personagem trágica e superinteressante por trás disso o todo esse tempo.

Ela é colocada nessa situação em que tem que liderar essa equipe e ficar de olho neles e se tornar uma líder. O objetivo era tornar isso o mais interessante possível e torná-la uma personagem o mais bem definida possível. A minissérie Fallen Angels deu um grande primeiro passo, explorando o seu trágico passado de assassina. Com o novo mundo de Krakoa, achei que tínhamos a chance de juntar toda a história e fazer uma personagem muito interessante.


Você está acompanhando as histórias onde as mutantes aparecem? Acredita que os escritores conseguiram atingir o objetivo que planejaram? Diga o que pensa nos comentários.

Fonte: Legião dos Heróis

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