CRÍTICA: ‘LOGAN’ é tudo que você sempre quis de um filme do Wolverine, e dos X-Men!
A hype é real. Hoje assistimos o último filme de Hugh Jackman como Wolverine. E ele não poderia ter encerrado de forma melhor.
‘Logan’ é tudo o que você sempre quis de um filme do Wolverine, um personagem selvagem, violento, reforce o violento, mas que no fundo tem um coração bom. O problema é que neste filme ele já está cansado de tudo após anos de sofrimento e luta, que serão mencionados ao longo da história.
Violência é o que não falta no filme, se você sentiu falta disso nos últimos 16 anos, nos primeiros 16 minutos já tem muito mais sangue e violência que todos filmes do Universo X-Men juntos.
O longa é uma jornada eletrizante e emocionante. Cenas de ação de tirar o fôlego e cenas dramáticas de apertar o coração que mostram um Logan que desistiu de ser quem era e voltou a acreditar em si mesmo.
Mas tudo muda após o encontro com Laura, a X-23. Sua presença altera a mínima estabilidade na vida do protagonista que inevitavelmente segue em uma jornada ao lado de seu antigo amigo Charles Xavier, o Professor X, debilitado e doente.
X-23 é o coração do filme. Sua inocência contrasta com sua agressividade, criando os melhores momentos do longa. A atriz fez um ótimo trabalho com a personagem e tudo que você espera da Laura e seus poderes/habilidades, você verá em ‘Logan’. É pra deixar qualquer fã pulando!
Professor Xavier demonstra que mesmo aos seus 90 e poucos anos, ainda é o mutante mais poderoso da Terra e bota medo em todo mundo ainda, mesmo em suas condições no filme. Exerce um papel fundamental na história, sendo talvez a melhor versão do personagem nos filmes até hoje.
Hugh Jackman encerra sua trajetória como Wolverine com chave de ouro. Ele conseguiu após 17 anos fazendo o mesmo personagem dar uma nova cara e visão do mesmo, um Logan que não apenas desistiu de ser um mutante, mas da sua própria vida.
Caliban exerce uma ótima função no filme e tem carisma, sua presença faz sentido na ‘cronologia’ e possui muito mais importância na trama do que em X-Men: Apocalipse.
Algo que não nos marcou foi o vilão do filme, Donald Pierce, interpretado pelo ator Boyd Holbrook. Apesar da atuação ótima, ele apenas se mostra um capanga de uma corporação maior, que causa muito mais problemas aos protagonistas do que ele, mas não daremos spoilers.
O que nos marcou foi a interação do Logan com outros personagens no climax do filme, nos fazendo desejar que aquilo fosse um filme dos X-Men, não só pelo uso extraordinário das habilidades mas também pelo trabalho de equipe, que ainda é realizado de forma pobre na franquia principal.
A liberdade de ser Rated-R/Maiores de 16 nos mostra que poderes mutantes elétricos não fazem apenas seu piercing sair fumaça após um ataque (Calisto VS Tempestade em X-Men 3: O Confronto Final), mas que isso te fará sangrar muito.
Neste filme sentimos mais do que em qualquer outro longa deste Universo saber o que é a dor e o sofrimento de um mutante, não só pelo preconceito, mas pelos próprios poderes que agridem o corpo, que por mais que eles os tornem extraordinários, também podem ser vistos como uma maldição para quem os possui.
Por fim, ‘Logan’ faz referência a vários filmes clássicos, mas também nos fez recordar bastante do premiado Mad Max: Fury Road. Tanto nas cenas de ação eletrizantes sem necessidade de efeitos especiais grandiosos, quanto na busca dos protagonistas, mas a mensagem principal do filme sem dúvida é a esperança.
Sentimento que resume o ensinamento que Professor Xavier sempre passou aos seus alunos, inclusive ao Wolverine:
Acreditar que existe um mundo melhor e que você precisa lutar por ele.
NOTA: 5/5 ★★★★★
Agora só nos resta dizer: Hugh Jackman, você foi um Wolverine foda! Obrigado!