FILMES

CRÍTICA UX: X-Men Apocalipse tem diversas cenas épicas e encerra bem as duas trilogias!

Finalmente, após 2 anos de espera, conseguimos assistir o tão esperado X-Men Apocalipse. A Fox Film do Brasil nos convidou para a cabine de imprensa em São Paulo e nosso papel é deixar nossa crítica do filme, da forma mais honesta possível, deixando claro os prós e contras do filme!

Tudo começa com uma incrível cena no Egito Antigo que estabelece como funciona a transição de corpo do Apocalipse. O clima criado pra época é muito interessante e o destaque fica para os antigos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

Gostamos tanto deles que ficamos com vontade de mais! Eles são impiedosos e poderosos e fazem de tudo por En Sabah Nur.

Então começa uma ótima sequencia de ação para revelar como Apocalipse adormeceu e emendam com a famosa animação de abertura, clássica dos filmes da franquia, com a trilha sonora de X2! A melhor abertura dos X-Filmes até hoje!

Logo após isso, os mutantes jovens são apresentados de forma muito natural, sem pressa alguma e, paralelamente, os cavaleiros vão sendo recrutados. O segundo ato foca na interação destes personagens e na execução do plano para salvar Xavier que foi capturado pelo Apocalipse. Para evitar spoilers da trama, decidimos fazer a crítica em cima de cada personagem do filme.

Magneto

Foi criada toda uma história para Magneto, com família na Polônia que infelizmente não nos convenceu, mas não atrapalhou o filme, gerou algumas cenas bonitas visualmente, mas acreditamos que foi um drama desnecessário. Fassbender sempre dá um show de atuação mas já passamos 16 anos com foco neste personagem e esperamos que essa seja a última vez.Tal história do passado de Lehnsherr poderia ter sido reduzida para dar espaço a sequencia do shopping com Jubileu, Jean, Noturno e Scott, que foi cruelmente cortada do filme.

Jubileu

Mesmo assim Jubileu conseguiu aparecer em algumas cenas mas com menor destaque, mas já valeu em comparação a suas versões anteriores na franquia. Pena que a atriz levou choques a toa pois não utilizou seus poderes no filme, mais uma vez.

Tempestade

Falando em personagens que mal usaram seus poderes, Tempestade infelizmente deixou a desejar. Quem assistiu aos trailers e comerciais, não esperem nada além do que foi mostrado. Nada. Ela tenta se redimir no final mas Alexandra Shipp recebeu seu destaque pela ótima atuação e momentos de diálogo com seu belo sotaque queniano que realmente foram ótimos, mas não foi dessa vez que Tempestade usou seu poder ao máximo, mesmo com seu poder aumentado por Apocalipse.

Ciclope

Ciclope ganha um ótimo destaque entre os jovens mutantes. Tye Sheridan mostra que veio pra ficar e que se tornará o líder que James Marsden nunca foi. Com humor e seriedade bem balanceados, Scott Summers teve finalmente uma versão digna nas telonas, mesmo que seja ainda só o começo de tudo.

Fera

Hank McCoy tem um papel regular na trama, tal como nos filme anteriores, mas dessa vez discordando do método de Charles, querendo estar preparado para o pior. Ele se une a Raven e os jovens X-Men na missão para salvar o Professor X.

Noturno

Noturno é o alívio cômico do filme, sua caracterização e atuação como Kurt Wagner estão impecáveis, suas cenas de ação são bem legais usando seu teleporte em diversos momentos no filme. Em nenhum momento é citado a relação entre ele e sua mãe, Raven.

Mística

A Mística? Bom, ela só serviu para o marketing. A desculpa criada para ela aparecer como Jennifer Lawrence foi até convincente e ela realmente não faz nada no filme e nem ganha toda atenção, o maior foco vai para a Jean Grey. Raven nem mesmo lidera os X-Men, ela no máximo serve como inspiração à eles, devido aos acontecimentos finais de DOFP. Seu objetivo é salvar o Magneto mas acaba tendo que “liderar” Jean Grey e os outros até o Cairo.

Jean Grey

Jean Grey sem dúvida é a maior surpresa do filme. Ela cativa desde o começo e mostra a versão da personagem que é decidida, poderosa e que apenas recua por temer seus próprios poderes. Sophie Turner fez um ótimo trabalho como Jean Grey e vai deixar muito fã feliz com seu desenvolvimento no filme, trazendo o que muitos esperavam ver da personagem a anos. Sua relação com Xavier é muito bem explorada e graças a ele ela consegue controlar todo poder adormecido que ela tem tanto medo.

Professor X

Professor X é fundamental nesta trama, ele faz de tudo e neste filme ele é muito mais ativo que nos filmes anteriores. A melhor versão de Xavier é vista neste filme, que nos conforta ao perceber que o legado de Patrick Stewart está em boas mãos com James McAvoy. Mostrando que é um líder, um Professor e o pai desta família.

Mercúrio

Família é o que define este filme. Não só a criação dos X-Men, mas também a relação entre Magneto e Mercúrio, que vai em busca de seu pai por motivos meio aleatórios (10 anos depois?) e decide pedir ajuda no Instituto, dando a Evan Peters novamente outra sequencia memorável no filme, a qual achamos longa demais e com um clima que contradizia ao momento tenso da trama. Pareceu que Bryan quis apenas repetir mais uma fórmula que deu certo.

Destrutor

Tal momento de tensão (que em nossa opinião foi uma das melhores cenas do filme) foi ofuscado pela divertida cena do Mercúrio. Um triste fato, pois sem dúvida alguma a cena do Destrutor no Cérebro é mais importante, intensa e insana do que aparenta nos trailers. Lucas Till faz uma ótima participação no filme, seu papel na trama contribui para a evolução de Scott Summers. Além da cena do Cérebro, ele vai com Xavier descobrir informações sobre Apocalipse na CIA com a ajuda de Moira McTaggert.

Moira

Moira tem um papel interessante no longa e, apesar de literalmente sumir no terceiro ato, sua cena final vale a ausência. Suas cenas são mais voltadas ao romance com Charles e descoberta do Apocalipse no começo do filme e que ele sempre foi acompanhado de Quatro Cavaleiros.

Psylocke

Betsy foi injustiçada nas críticas. Seu papel limitado na trama (que obviamente daria foco nos mutantes jovens e no trio Magneto/Professor X/Mísitica) não diminuiu a personagem. Olivia Munn deu vida a uma Psylocke digna, poderosa, impiedosa e que ama o que faz. Só nos deixou com vontade de querer mais, e não com percepção de que foi mais uma adaptação ruim. Sua cena introdutória ao encontrar com Apocalipse é muito boa!

Arcanjo

Ben Hardy fez o melhor Anjo da franquia. Ben Foster não fez metade do que Ben Hardy conseguiu neste filme mesmo com um papel limitado. A cena em que Warren se transforma de Anjo para Arcanjo. Ao som de “Metallica”, ele sofre o processo de transformação que já entrou na lista de uma das melhores cenas de todos filmes da franquia.

 Wolverine

A Participação de Hugh Jackman como Wolverine trás em pouco tempo o melhor do personagem além de uma interação muito interessante com um dos personagens jovens. Wolverine como Arma X em sua melhor forma.

Apocalipse

Apocalipse é um vilão que acorda perdido nos tempos atuais e quer o mundo ao seu modo, tal como era em sua época. Isso já justifica sua atitude extremista e as em alguns momentos até brega (criar um palácio com estátuas gigantes dele e de seus Cavaleiros) que não se encaixam no mundo em que vivemos atualmente (mesmo em 1983) mas que é totalmente compreensível tendo em vista que sua realidade era diferente da nossa.

Últimos comentários…

O filme trouxe diversos elementos que os fãs gostariam muito de ver nas telonas, com vários fanservices, mas um filme grandioso como este se diminuiu no final e nos deixou esperando mais da última batalha, mesmo com todos acontecimentos épicos do terceiro ato.

Mas em nossa opinião os defeitos não ofuscam as qualidades do filme. O visual está incrível e novamente uma trilha sonora espetacular criada por John Ottman, com música tema adaptada de X2 na batalha final.

O filme encerra as duas trilogias e serve como introdução de uma nova era que tem tudo pra ser totalmente diferente do que vimos até hoje. Em relação a cena pós créditos, ela abre muitas portas para o futuro da franquia, agora só nos resta saber o que farão com isso.

NOTA